Irmão jesuíta vence prêmio Carl Sagan da Sociedade Astronômica

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Na  46ª Reunião Anual da Divisão de Cientistas Planetários da Sociedade Astronômica Americana, em Tucson, no Estado do Arizona, no mês de novembro último, o Irmão Guy Consolmagno, religioso da Companhia de Jesus (Jesuíta), recebeu um dos mais prestigiados prêmios da ciência planetária, a Medalha Carl Sagan. O prêmio foi criado em 1998 em homenagem ao astrônomo Carl Sagan, cuja popular série de TV “Cosmos” ajudou a propagar o entusiasmo pela ciência e pelas viagens espaciais. A Medalha Sagan “reconhece e presta tributo à excelente comunicação de um ativo cientista planetário com o público em geral e é concedida a cientistas cujos esforços tenham contribuído significativamente para a compreensão e para o entusiasmo do público no tocante à ciência planetária”.

 O Irmão Guy é o primeiro religioso a receber a Medalha Carl Sagan. A American Astronomical Society, ao anunciar o prêmio em julho passado, declarou que Consolmagno “ocupa uma posição única em nossa profissão, como porta-voz credível da honestidade científica no contexto da crença religiosa”.

O prêmio é um dos mais prestigiados para cientistas deste ramo e destina-se a premiar a pessoa que mais se destacou para a compreensão pública das ciências planetárias.

Guy Consolmagno é curador da coleção de meteoritos do Observatório do Vaticano e autor de vários livros, escrevendo para algumas publicações, explicando de forma simples e divertida conceitos e descobertas astronômicas.

Consolmagno nasceu nos Estados Unidos e entrou para os jesuítas em 1989. Em 1991 professou como irmão naquela ordem, mas nunca foi ordenado sacerdote. Quando chegou a Roma a informação de que tinha um doutoramento em astronomia foi chamado para trabalhar no Observatório Astronômico do Vaticano, em Castelgandolfo.

Embora o comunicado onde é nomeado vencedor da edição deste ano da medalha Carl Sagan o descreva como ocupando “uma posição singular na nossa profissão, como porta-voz credível da honestidade científica no contexto da crença religiosa”, Consolmagno nem quer ouvir falar em conflito entre ciência e religião.

“A ciência começou nas universidades. Quem fundou as universidades? A Igreja. Quem é o pai da geologia? Alberto Magno, que era monge. Quem é o pai da química? Roger Bacon, um monge. Quem desenvolveu a genética? Gregor Mendel, um monge. Quem foi o primeiro a classificar as estrelas pelos seus espectros? Angelo Secchi, um padre jesuíta. Quem desenvolveu a teoria do Big Bang? Georges Lemaitre, um padre belga”, afirmou em entrevista à revista “Appalachian Magazine”, em 2011.

Fonte: Radiovaticano

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