Novas Mídias e Vida Comunitária

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Padre Gildásio Mendes dos Santos, sacerdote salesiano

Segundo Gildásio Mendes dos Santos, padre salesiano, para se falar das novas mídias na formação da vida comunitária faz-se necessário estar com os olhos fixo em Jesus Cristo, pois nosso olhar deve ser amoroso para com os jovens que buscam este estilo de vida. “Os celulares dos jovens de hoje é a caneta dos religiosos de 60 anos”, afirma o padre. A grande revolução não é tecnológica, mas sim relacional. Por isso, a Igreja em seu magistério reflete sobre a profunda transformação que a internet está proporcionando.

Ainda de acordo com o padre, “Estamos vivendo um tempo em que os jovens estão num processo de interatividade e instantaneidade. Falar de forma linear e filosófica para os adolescentes desta época é não falar a mesma linguagem deles. Porém, quando se fala em uma linguagem virtual eles compreendem”. As novas tecnologias não estão separadas do corpo destes novos usuários, e sim os complementa, afirma o padre.

Segundo padre Gildásio, é preciso compreender a multitarefa na qual estes jovens estão inseridos. Atender ao telefone, jantar e ler faz parte da realidade destes usuários tecnológicos. “Muitos dizem que eles não são amorosos e que são muito individuais, isso é mentira; eles são afetivos e procuram integração e abertura,” diz padre Mendes. O problema é que a vida comunitária não está adaptada para as realidades destes novos indivíduos sociais, virtuais. Pois a concepção que estes jovens têm de comunicação é uma comunicação de igual para igual e não hierárquica.

As novas mídias contemplam acima de tudo quem comunica. Os religiosos que habitam as redes são os mesmos que habitam os ambientes tradicionais. Por isso, evangelizar nos espaços midiáticos implica em ser e testemunhar com verdade e coerência a capacidade de amar, de acolher, de estabelecer confiança para fazer o caminho da descoberta de Jesus Cristo. Se os jovens não estão na igreja é porque eles não compreendem a linguagem.

O mundo virtual é um passo para contemplação, pois envolve o silêncio, atenção, interatividade, beleza e a arte. Quem souber fazer isso despertará no coração dos jovens o desejo para a vida comunitária. Cabe a nós religiosos e religiosas responder a uma pergunta mágica, onde está o objeto do nosso desejo? Uma vez que a juventude de hoje crê nos valores vividos, percebidos. O que é autêntico eles veem. As congregações que souberem fazer isso terão muitas vocações, sentencia o padre.

Publicações recentes