Para Leigos Católicos, Brasil sofre atentados à Democracia

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“Continua atual a exigência de transformações profundas, estruturais, sem as quais a nossa sociedade não se tornará plenamente democrática”. (CNBB 42, 103)

O Conselho Nacional de Leigos do Brasil, enviou à sociedade uma mensagem de repúdio pela atuação da Câmara dos Deputados, especialmente na pessoa do presidente, Eduardo Cunha. O Conselho o denominou de ‘desqualificado’ para a função.
“Sem um mínimo de escrúpulo e sem medir as consequências para o povo brasileiro, principalmente para os empobrecidos, o já desqualificado Presidente da Câmara, apoiado e incentivado pela chamada “oposição”, também raivosa e inconsequente, acolhe, por despeito e vingança comprovados, um pedido de impedimento da Presidente da República”, diz trecho da mensagem.

Para o Conselho as consequências não medidas pelos representantes do país serão sofridas pelas camadas mais pobres e marginalizadas da sociedade.

Ainda, segundo o Conselho, os cristãos precisam atuar profeticamente e os convida a participar ativamente da vida política do país e a testemunhar o Poder como Serviço à coletividade.

Leia a íntegra da mensagem:

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB – vem a público expressar sua indignação ética diante dos últimos acontecimentos em nosso país e conclamar a todos para a união e o compromisso sócio-político-transformador, impulsionados pela fé cristã.

Nosso querido Brasil, em busca de ser uma Nação, à custa de muito trabalho, sofrimento, suor e sangue, vem conquistando a democracia. No momento, sofre uma séria ameaça de retrocesso com consequências imprevisíveis, um atentado à jovem e frágil democracia. Sem um mínimo de escrúpulo e sem medir as consequências para o povo brasileiro, principalmente para os empobrecidos, o já desqualificado Presidente da Câmara, apoiado e incentivado pela chamada “oposição”, também raivosa e inconsequente, acolhe, por despeito e vingança comprovados, um pedido de impedimento da Presidente da República. Ora, o país conta com Instrumentos jurídicos legais suficientes sem a necessidade de extremismos que atentem contra a estabilidade democrática, por mais crítica que se encontre.

Conclamamos aos cristãos leigos e leigas, e às pessoas de boa vontade, a se formarem e a se disporem, com coragem profética, a participar ativamente da vida política do país. Na base da crise, está a concepção e o exercício do “poder” que vem sendo usado e abusado com interesses particulares. Precisamos testemunhar o autêntico “Poder” como “Serviço” à Coletividade, ao Bem Comum, ao Bem Viver.

“A razão mais profunda da atitude da Igreja frente à política decorre da consciência evangélica de sua missão. (…) Tal missão pertence ao mais profundo de sua consciência evangélica. E, toda vez que não o fez ou não o faz, tornou-se ou torna-se infiel ao Evangelho”. (CNBB 40, 203-204).

Cuiabá, 08 de dezembro de 2015.

Marilza José Lopes Schuina.

Presidente do CNLB

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