Psicólogos fazem leitura crítica de pesquisa sobre as Novas Gerações na Vida Consagrada

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Por Tiago Melo | No dia 11, o 2º Congresso Nacional das Novas Gerações da Vida Religiosa, em Aparecida (SP), recebeu o padre Adalto Luis Chitolina, da Congregação do Sagrado Coração de Jesus e a Irmã Fátima Moraes, Apóstola do Sagrado Coração.Eles são integrantes da Equipe de Reflexão Psicológica da CRB Nacional -Conferência dos Religiosos do Brasil e apresentaram o resultado da pesquisa realizada pela CRB Nacional entre os meses de março a novembro de 2011, com a vida religiosa jovem do Brasil.


A pesquisa propôs três perguntas aos jovens religiosos: Quais são os principais sonhos e expectativas da Vida Religiosa Consagrada (VRC) jovem. Quais os desafios e dificuldades? Quais são suas atitudes diante dos desafios e dificuldades.
A análise da pesquisa partiu de três aspectos: confirmações, inquietações e futuro. No primeiro aspecto foi possível perceber que emergem possibilidades de uma contribuição maior das Novas Gerações de religiosos no processo construtivo de valores e revitalização da própria vida religiosa. Depois, há um grande desejo, por parte dos consagrados, de ser protagonista na missão e vida do instituto. E que a fraternidade sempre foi e será um ambiente que possibilita o crescimento pessoal e liberdade de pensamento.
Outro aspecto da confirmação da pesquisa foi a importância da CRB na VRC do Brasil, não só por questões organizacionais, mas pela possibilidade de abrir janelas e horizontes com experiências intercongregacionais. Surgiu também uma inconformidade com a falta de articulação não só da CRB, mas pelos próprios religiosos que não se articulam para melhorar o desempenho da ação da Conferência.

O Segundo ponto apresentado pelo padre Adalto e também pela irmã Fátima foram as inquietações. Disparidades entre a pesquisa escrita e a falada. Enquanto a primeira, feita por meio de questionários, apresenta grande insatisfação com a Vida Religiosa, a segunda mostra algo bem diferente. Isso quando os religiosos se encontram em assembleias, conferências e congressos. “Tudo é ótimo, tudo é belo”. “O que será de fato?” Perguntou o padre. Outro aspecto é a falta de disponibilidade para o trabalho e atuação juntos aos grupos reflexivos e na própria CRB.

A VRC da nova geração tem-se muito de autoconhecimento e muito de fechamento em si. E essas duas coisas não se combinam. “Só há um verdadeiro autoconhecimento, caso haja uma abertura à realidade, ao hoje.” diz irmã Fátima. Sobre as relações na vida religiosa, o padre Adalton falou: “O princípio fundante da Vida Religiosa não pode ser o afeto, mas sim o projeto do Reino, Jesus, o Evangelho. O nosso chamado primeiro”. E ainda desafia, “Não podemos confundir uma comunidade de laços afetivos humanos com uma comunidade de fé. O laço afetivo entre as pessoas é consequência da razão maior que nos agrega, Jesus! Mas isso sem fé, o que será?”, revela o psicólogo.

O terceiro ponto foi o futuro. Futuro este não só da vida religiosa, mas também os frutos de todo o empenho na formação e serviço tanto dos institutos, congregações, ordens religiosas quanto o da CRB. O sacerdote disse que o resultado, ou até mesmo o congresso não termina aqui. Ele é uma oportunidade ao novo. Sempre começando pelo próprio eu.

{youtube}zY-IraoU7bA&feature=youtu.be{/youtube}

Entre a colocação dos psicólogos, Irmã Marian Ambrósio, presidente da CRB Nacional veio dar um comunicado que “abalou” o mundo e, principalmente o mundo cristão católico. O Sumo Pontífice Bento 16 em um consistório, reunião com os cardeais, anunciou sua renúncia ao papado da Igreja de Roma. “Caros irmãos, convoquei-os para este consistório, não apenas para as três canonizações, mas também para comunicar a vocês uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter repetidamente examinado minha consciência perante Deus, eu tive certeza de que minhas forças, devido à avançada idade, não são mais apropriadas para o adequado exercício do ministério de Pedro, trecho da carta de renúncia de Bento 16” (Rádio Vaticano).

Para a presidente essa é uma atitude de grande humildade e de profunda maturidade. A Igreja demonstrou uma nova face. Todos os religiosos, comovidos por tal notícia, e convocados pela irmã Marian cantaram: “Nós estamos aqui reunidos como estavam em Jerusalém, pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem. Feita de homens Igreja é divina, pois o Espírito Santo a conduz, como fogo que aquece e ilumina, que é pureza, que é vida, que é luz.”(Letra: Pe. Lucio Floro / Letra: Mirian T. Kolling, ICM.) Ao concluir o canto, os congressistas ovacionaram com uma grande salva de palmas.

Publicações recentes